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quinta-feira, dezembro 30, 2004

Agora cá... daqui a bocado sabe-se lá...

As imagens captadas in loco e que, todos os dias, chegam até nós, dão-nos uma perspectiva bem mais próxima daquilo que aconteceu na bacia do Índico. De facto, uma coisa é vermos as consequências, uma visão do tipo "day after", quando tudo já aconteceu, e outra, bem diferente, é quando somos confrontados com o desenrolar de tudo o que se passou, com o "momento do crime".

O facto de muitas das áreas afectadas serem destinos turísticos de grande procura ajudou a que aqueles momentos verdadeiramente pavorosos em que as águas avançam quase disfarçadamente, ao longe, culminando numa invasão tumultuosa da costa ficassem preservados para a posteridade. Quem ali estava apenas a filmar ou a fotografar cenários idílicos e tranquilos de descontracção e divertimento, certamente jamais pensaria, em momento algum, tornar-se testemunha presencial e actor de uma tragédia de proporções diluvianas como aquela que, agora, todo o Planeta vive.

A Humanidade conseguiu atingir grandes patamares na sua evolução. Contudo, o controlo dos elementos, o velho sonho de domar a Natureza, ainda está bem longe de se concretizar. Infelizmente nestes casos... mas atrevo-me a dizer que felizmente, se pensarmos na pouca racionalidade e sensibilidade que o ser humano tem demonstrado para com o meio que o rodeia.

Ver aquelas imagens, às quais se juntam as cenas de drama e de desolação daqueles que já nada têm de seu, ou que tentam ainda agarrar-se à ténue esperança de voltarem a abraçar os seus ente queridos entretanto desaparecidos, faz-nos perceber como é frágil e muito instável a nossa existência.


Vamos lá a aproveitar o tempo que temos...

Exocet


P.S.: No Telejornal de hoje, falaram na possibilidade de um desabamento de um maciço vulcânico nas Canárias poder provocar maremotos capazes de atingir as costas sul e oeste da Península Ibérica, o Norte de África e a costa este dos Estados Unidos, com ondas que podem vir a atingir dezenas de metros de altura... E eu estou mesmo a 45 minutos (de avião) das Canárias... Mas enfim, não há-de ser por causa disso que vou deixar de sair à rua...